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sábado, 1 de julho de 2017

Resumo Roma Antiga

Situada na Península Itálica, centro do Mediterrâneo europeu, a região sofreu a invasão de diversos povos que se espalharam por todo o território.

1)Fundação de Roma

A fundação de Roma está envolta em lendas. Segundo a narrativa do poeta Virgílio, em sua obra Eneida, os romanos descendem de Enéias, herói troiano, que fugiu para a Itália após a destruição de Troia pelos gregos, por volta de 1400 a.C.
Reza a lenda que os gêmeos Rômulo e Remo, descendentes de Enéias, foram jogados no rio Tibre, por ordem de Amúlio, usurpador do trono.
Amamentados por uma loba e depois criados por um camponês, os irmãos voltam para destronar Amúlio. Os irmãos receberam a missão de fundar Roma, em 753 a.C. Rômulo, após desentendimentos, assassinou Remo e se transformou no primeiro rei de Roma.
Na realidade Roma formou-se da fusão de sete pequenas aldeias de pastores latinos e sabinos situadas às margens do rio Tibre. Depois de conquistada pelos etruscos chegou a ser uma verdadeira cidade-Estado.

2) Monarquia Romana (753 a.C. a 509 a.C.)

Na Roma monárquica a sociedade era formada basicamente por duas classes sociais, os patrícios, a classe dominante (nobres e proprietários de terra) e os plebeus (comerciantes, artesãos, camponeses e pequenos proprietários). Entre os patrícios e os plebeus haviam os clientes (prestadores de serviços).
Na monarquia romana o rei exercia funções executiva, judicial e religiosa. O Senado, composto pelos patrícios, assessorava o rei e tinha o poder de vetar as leis apresentadas pelo rei e tinha o poder de vetar as leis apresentadas pelo rei. A Assembleia Curiata, que elegia o rei e elaborava as leis, que eram submetidas à aprovação do Senado.
As lendas narram os acontecimentos dos sete reinados da época. Durante o governo dos três últimos, que eram etruscos, o poder político dos patrícios declinou.
A aproximação dos reis com a plebe descontentavam os patrícios. Em 509 a.C. o último rei etrusco foi deposto e um golpe político marcou o fim da monarquia.

3)República Romana (509 a.C. a 27 a.C.)

A implantação da república significou a afirmação do Senado, o órgão de maior poder político entre os romanos. O poder executivo ficou a cargo das magistraturas, ocupadas pelos patrícios.
A república romana foi marcada pela luta de classes entre patrícios e plebeus. Os patrícios lutavam para preservar privilégios e defender seus interesses políticos e econômicos, mantendo os plebeus sob sua dominação.
Entre 449 e 287 a.C. os plebeus organizaram cinco revoltas que resultaram em várias conquistas: Tribunos da plebe, Leis das XII tábuas, Leis Licínias e Lei Canuléia. Com essas medidas as duas classes praticamente se igualaram

a) A Expansão Romana

A primeira etapa das conquistas romanas foi marcada pelo domínio de toda a Península Ibérica a partir do século IV a.C.
A segunda etapa foi o início das Guerras de Roma contra Cartago, chamadas Guerras Púnicas (264 a 146 a.C.). Em 146 a.C. Cartago foi totalmente destruída. Em pouco mais de cem anos, toda a bacia do Mediterrâneo já era de Roma.

b)Crise da República

Na República romana, a escravidão era a base de toda produção e o número de escravos ultrapassava os de homens livres. A violência contra os escravos causou dezenas de revoltas.
Uma das principais revoltas escravos foi liderada por Espártaco entre 73 a 71 a.C. À frente das forças rebeldes, Espártaco ameaçou o poder de Roma.
Para equilibrar as forças políticas, em 60 a.C., o Senado indicou três líderes políticos ao consulado, Pompeu, Crasso e Júlio César, que formaram o primeiro Triunvirato.
Após a morte de Júlio César, foi instituído o segundo Triunvirato constituído por Marco Aurélio, Otávio Augusto e Lepido.
As disputas de poder eram frequentes. Otávio recebeu do senado o título de Princeps (primeiro cidadão) foi a primeira fase do império disfarçado de República.

4)Império Romano (27 a.C. a 476)

O imperador Otávio Augusto (27 a.C. a 14) reorganizou a sociedade romana. Ampliou a distribuição de pão e trigo e de divertimentos públicos - a política do pão e circo.
Depois de Augusto, várias dinastias se sucederam. Entre os principais imperadores estão: Tibério (14 a 37), Calígula (37 a 41), Nero (54 a 68), Tito (79 a 81), Trajano (98 a 117), Adriano (117-138), Marco Aurélio (161 a 180).

a)Decadência do Império Romano

Após séculos de glórias e conquistas territoriais, o Império Romano começou a apresentar sinais de crise já no século III.

b)Causas da crise do Império Romano:

- Enorme extensão territorial do império que dificultava a administração e controle militar (defesa);
 - Com o fim das guerras de conquistas também diminuíram a entrada de escravos. Com menos mão-de-obra ocorreu uma forte crise na produção de alimentos. A queda na produção de alimentos gerou a diminuição na arrecadação de impostos. Com menos recursos, o império passou a ter dificuldades em manter o enorme exército;
 - Aumento dos conflitos entre as classes de patrícios e plebeus, gerando instabilidade política;
 - Crescimento do cristianismo que contestava as bases políticas do império (guerra, escravidão, domínio sobre os povos conquistados) e religiosas (politeísmo e culto divino do imperador);
 - Aumento da corrupção no centro do império (Roma) e nas províncias (regiões conquistadas);
Estes motivos enfraqueceram o Império Romano, facilitando a invasão dos povos bárbaros germânicos no século V.
Com a morte do imperador Teodósio, em 395, o Império Romano foi dividido entre seus filhos Honório e Arcádio. Honório ficou com o Império Romano do Ocidente, capital Roma, e Arcádio ficou com o Império Romano do Oriente, capital Constantinopla.

Em 476, o Império Romano do Ocidente desintegrou-se, O imperador Rômulo Augústulo foi deposto. Da poderosa Roma, restou apenas o Império Romano do Oriente, que se manteria por muitos séculos. O ano de 476 é considerado pelos historiadores o marco divisório da Antiguidade.

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